Sinais do Jubileu
Peregrinação
O Jubileu nos pede para partirmos em uma jornada e superar certos limites. Quando nos movemos, na verdade, não só mudamos um lugar, mas nos transformamos. Para isso, è importante preparar, planejar a rota e conhecer o destino. Nesse sentido, a peregrinação que caracteriza este ano começa antes da própria viagem: seu ponto de partida é a decisão de fazer-lo. A etimologia da palavra "peregrinação" é decidintemente eloquente e passou por poucas mudanças de sentido. A palavra, na verdade, deriva do latim para ager que significa "através dos campos", ou para eger, que significa "travessia de fronteira": ambas as raízes lembram o aspecto distinto de embarcar em uma jornada.
Oração
Há muitas maneiras e muitas razões para orar; na base há sempre o desejo de se abrir à presença de Deus e à sua oferenda de amor. A comunidade cristã se sente chamada e sabe que só pode recorrer ao Pai porque recebeu o Espírito do Filho. E é, de fato, Jesus que confiou aos seus discípulos a oração do Pai Nosso, também comentada pelo Catecismo da Igreja Católica (cf. CCC 2759-2865). A tradição cristã oferece outros textos, como a Ave Maria, que ajudam a encontrar as palavras para se dirigir a Deus: "É através de uma transmissão viva, tradição, que, na Igreja, o Espírito Santo ensina os filhos de Deus a orar" (CCC 2661).
Indulgência
A indulgência é uma manifestação concreta da misericórdia de Deus, que transcende os limites da justiça humana e as transforma. Este tesouro de graça tornou-se história em Jesus e nos santos: olhando para esses exemplos, e vivendo em comunhão com eles, a esperança de perdão e para a própria jornada de santidade se fortalece e se torna certeza. A indulgência permite libertar o coração do fardo do pecado, para que a reparação devido possa ser dada em total liberdade.
Concretamente, essa experiência de misericórdia passa por algumas ações espirituais que são indicadas pelo Papa. Aqueles que, por doença ou não, não podem se tornar peregrinos, no entanto, são convidados a participar do movimento espiritual que acompanha este ano, oferecendo seu sofrimento e seu cotidiano e participando da celebração eucarística.
Porta Santa
Do ponto de vista simbólico, a Porta Santa assume um significado particular: é o sinal mais característico, porque o objetivo é ser de capaz atravessá-la. Sua abertura pele Papa constitui o início oficial do Ano Santo. Originalmente, havia uma única porta, na Basílica de São João Latrão, que é a catedral do bispo de Roma. Parapermitir que os muitos peregrinos fizessem o gesto, as outras Basílicas Romanas também ofereceram essa possibilidade. Em Roma, essa experiência torna-se carregada de um significado especial, para a referência à memória de S. Pedro e São Pedro Paulo, apóstolos que fundaram e formaram a comunidade cristã de Roma e que com seus ensinamentos e seu exemplo são uma referência para a Igreja universal.
Liturgia
A liturgia é a oração pública da Igreja: de acordo com o Concílio Vaticano II, é a "a meta para a qual se encaminha" toda a sua ação "e a fonte de onde promana toda a sua força" (Sacrosanctum Concilium, 10). No centro está a celebração eucarística, onde o Corpo e o Sangue de Cristo são recebidos: como peregrino, ele mesmo caminha ao lado dos discípulos e lhes revela os segredos do Pai, para que possam dizer: "Fica conosco, pois é noite e o dia finda" (Lc 24,29).
Reconciliação
O Jubileu é um sinal de reconciliação, pois abre um "tempo favorável" (cf. 2 Cor 6:2) para a própria conversão. Coloca-se Deus no centro de sua existência, movendo-se em direção a Ele e reconhecendo Sua primazia. Até mesmo a referência à restauração da justiça social e do respeito pela terra, na Bíblia, surge de uma exigência teológica: seDeus é o criador do universo, ele deve ter prioridade sobre todas as realidades e com respeito aos interesses partidários. É ele quem torna este ano santo, dando sua própria santidade.
Profissão de fé
A profissão de fé, também chamada de "símbolo", é um sinal de reconhecimentopróprio ao batizado; expressa o conteúdo central da fé e resume as principais verdades que um crente aceita e testemunha no dia de seu batismo e compartilha com toda a comunidade cristã para o resto de sua vida.
Existem várias profissões de fé, que mostram a riqueza da experiência do encontro com Jesus Cristo. Tradicionalmente, porém, aqueles que adquiriram um reconhecimento particular são dois: o credo battesimale da igreja de Roma e o credo niceno-constantinopolitano, originalmente elaborado em 325 pelo Concílio de Nicéia, na atual Turquia, e depois aperfeiçoado no de Constantinopla em 381.
Hino do Jubileu
Peregrinos De Esperança
Texto de Pierangelo Sequeri
Texto versão portuguesa: António Cartageno
Chama viva da minha esperança,
este canto suba para Ti!
Seio eterno de infinita vida,
no caminho eu confio em Ti!
Toda a língua, povo e nação
tua luz encontra na Palavra.
Os teus filhos, frágeis e dispersos
se reúnem no teu Filho amado.
Chama viva da minha esperança,
este canto suba para Ti!
Seio eterno de infinita vida,
no caminho eu confio em Ti!
Deus nos olha, terno e paciente:
nasce a aurora de um futuro novo.
Novos Céus, Terra feita nova:
passa os muros, ‘Spirito de vida.
Chama viva da minha esperança,
este canto suba para Ti!
Seio eterno de infinita vida,
no caminho eu confio em Ti!
Ergue os olhos, move-te com o vento,
não te atrases: chega Deus, no tempo.
Jesus Cristo por ti se fez Homem:
aos milhares seguem o Caminho.
Chama viva da minha esperança,
este canto suba para Ti!
Seio eterno de infinita vida,
no caminho eu confio em Ti!